Segurança
Desempregado promove noite de terror em Firminópolis
No final da noite de sábado, 4, por volta de 23h30, e durante a madrugada de domingo, 5, o desempregado Klébio Batista Arouca, de 37 anos, deu início a uma saga que tirou o sossego de boa parte dos moradores do Setor Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Firminópolis. Com um revólver em punho, Cleber arrombou a porta da residência do idoso, Aparício Ferreira da Silva, de 84 anos, e em seguida pegou uma faca desferiu vários golpes na face do ancião.
Pela quantidade de sangue que ficou no chão da cozinha, da sala e do quarto da vítima, por muito pouco ela não foi a óbito por esgotamento. De acordo com os filhos da do ancião, todos menores e idade, depois que o suspeito invadiu a casa, ele pediu bebida e dinheiro e que a vítima dizia que não tinha, foi quando Klébio pegou a faca e o atingiu na face e na cabeça.
Depois de cometer o crime, o suspeito saiu em fuga e prosseguiu fazendo mais vítimas. A segunda foi o dono da casa onde ele mora. Daniel Vieira dos Santos foi feito refém pelo suspeito e levado sob a mira de um revólver até a casa de um vizinho com o objetivo de convencê-lo a ajuda-lo na fuga. O casal vizinho, Marinho José Ferreira, 74, e sua mulher Ernestina Alves da Silva, 52, foram às próximas vítimas.
Depois de chamar o casal e o mesmo não atender, Klébio arrombou a porta da casa, adentrou e agrediu violentamente os donos da residência. Dona Ernestina foi atingida na face e na cabeça e o marido na cabeça. Ambos ficaram abalados e assustados com a violência. Após saber que o veículo das vítimas não tinha como ajuda-lo na fuga, irado o suspeito subtraiu um aparelho celular e uma corrente de ouro do local e empreendeu fuga.
Antes que o dia amanhecesse, Klébio foi preso numa moita de bananeiras, próximo aos locais dos crimes, pelos policiais: Soldados Padilha e Donato e pelo Cabo Ferreira e Soldado Cardoso, de São Luís, que davam apoio à ação dos colegas de Firminópolis. Enquanto o suspeito era submetido a exames, antes de ser entregue à delegacia de polícia local, as suas vítimas também recebiam atendimento no mesmo hospital.
De início, Klébio disse a esta reportagem que a sua intenção era matar a primeira vítima. Segundo ele, a motivação seria o fato de que Aparício teria mexido com uma criança de dois anos, que o acompanhava no momento em que ele fora ao bar da vítima. “Eu ia matar ele sim. Pra ele não mexer com criança nunca mais na vida”, argumenta. Para os policiais esta versão não convence. Em seguida, o suspeito volta atrás e nega que tivesse a intenção de tirar a vida do idoso.
Traumatizado, aposentado Aparício Ferreira disse que não entende tamanha violência. “Só porque eu não quis vender cerveja a ele, ele fez isso comigo. Ele queria me matar”, conta ele. Ele nega a acusação de ter mexido com a criança. “Jamais eu faria uma coisa desta. Olha a minha idade! Pelo contrário, eu tenho muito carinho com criança. Eu tenho três filhos adolescentes em casa e cuido de todos com muito carinho”, frisa ele.
Ainda em Pânico, Dona Ernestina relata o drama que passou nas mãos do suspeito. “Eu fiquei paralisada. Eu tentava andar e não conseguia. Ele me bateu demais no meu rosto. Ele me deu muitos tapas e depois ele me bateu com o cano da arma. Como sofri, eu não desejo pra ninguém o que eu passei”, conta a vítima, em lágrimas.
Bastante abalado, o aposentado Marinho José Ferreira conta que o sentimento que fica pra ele e para a família é que a violência está em todo lugar e que ninguém está imune a ela. “É muito triste passar pelo que nós passamos. Não gostaria que isso acontecesse com ninguém”, disse.
O delegado plantonista em Firminópolis, naquele final de semana, Bruno Henrique Soares Mateus, fez o flagrante e adianta que Klébio foi autuado por roubo, com dois agravantes: mediante a arma de fogo e restrição à liberdade da vítima, e por tentativa de homicídio, o que poderá render a ele até 28 anos de prisão, caso seja condenado. O inquérito que irá apurar todas as circunstâncias do caso será presidido pelo delegado titular de Firminópolis, Tiago Junqueira.
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