Decadência da iluminação pública de Iporá

É mesmo uma vergonha constatar que apesar da tentativa de criar um espírito natalino com luzes e arranjos em alguns pontos da cidade, a iluminação pública de Iporá que é um serviço essencial da administração municipal, sofre com o desapreço por parte desta. Por toda cidade a população se queixa dos mesmos problemas, incluindo ruas escuras e o alto risco de assaltos e tombos ao voltar para casa após um dia de trabalho. Vários fatores levam à atual situação, mas o principal deles é o descaso do poder público com as necessidades dos cidadãos.

Como resultado, os Iporaenses enfrentam a escuridão em praticamente todas as regiões, e são obrigados a conviverem com a mesma, por total falta de soluções. Munidas de lanternas, as famílias  revezam-se à espera dos filhos que voltam da escola e do trabalho à noite, ou prolongam os trajetos em busca de luz. O medo ao passar por praças e serem abordados por pessoas mal intencionadas, também é grande.
Não é a primeira vez que denúncias dessa natureza são dirigidas à prefeitura, e em especial à Secretaria de Ação Urbana responsável pelo serviço qye, infelizmente deixa muito a desejar.
Na escuridão das ruas e avenidas de Iporá, a população torna-se mais suscetível a casos de violência, como assaltos e estupros, além dos atropelamentos. Se não bastassem os bairros mais afastados, agora até mesmo a região central, tais como na Avenida Minas Gerais e Avenida Dr. Neto, permanecem na penumbra. São muitos os postes sem luminárias. Outros, com as mesmas acessas durante o dia e, em outros nem de dia e nem de noite.
Outro fato que gera descontentamento, é a péssima luminosidade das lâmpadas. Algumas sequer servem para serem usadas até mesmo em residências. Não todos, mas  existem postes que apresentam risco de queda, devido sua deficiente estrutura.
A moradora de um das ruas sem iluminação, Janaina Siman, reclama, “Paga-se a contribuição na conta de energia elétrica todo o mês, mas não se tem luz na rua. Ficamos no escuro. A única iluminação é a do interior das residências”.
Cabe salientar que cada cidadão paga quase dois reais todos os meses em fatura que são recolhidos aos cofres das prefeituras de cada município, destinados a dar assistência e manutenção da iluminação pública. Contudo, o que se vê em nossa cidade, é que esse dinheiro não está sendo aplicado corretamente. Imaginem aquelas pessoas carentes que moram em setores mais afastados, mesmo não contando com a iluminação pública, são obrigados a pagarem pela mesma, sob pena de terem a energia elétrica de suas residências cortadas/ suspensas.
Os Iporaenses se dizem vítimas do descaso da administração municipal, e lamentam a atitude da Prefeitura pelos quatro cantos da cidade, ainda e também pelas altas taxas de impostos cobrados pela gestão do município. As pessoas queixam-se da falta de iluminação pública e relatam o medo que passam na volta para casa à noite.
Com a chegada do inverno, a situação agrava-se nas ruas escuras de Iporá porque custa a clarear, especialmente para os que necessitam acordar mais cedo. Os moradores acreditam estar de mãos atadas, pois nem mesmo um órgão fiscalizador faz-se presente para punir tais atitudes de desrespeito. Quanto aos pedidos, estes continuam a serem ignorados pela Prefeitura.

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