Política
Conta de luz ficará até 18% mais barata apartir de fevereiro
Entrou em vigor nesta quinta (24) a redução na conta de luz prometida pelo governo. E o Ministério de Minas e Energia falou sobre a origem dos recursos para o desconto.
A redução na conta de luz vai custar aos cofres públicos R$ 8,4 bilhões. Bem mais que os R$ 3 bilhões previstos antes. O custo aumentou, segundo o governo, porque as companhias energéticas de três estados não fecharam acordo. O ministro de Minas de Energia disse que o governo vai usar créditos que tem a receber da usina de Itaipu para bancar o desconto.
“O contribuinte não vai pagar na conta de luz esses encargos que são sociais, que são da responsabilidade do governo. Então cabe ao Tesouro Nacional arcar. De onde ele vai tirar o dinheiro é um problema interno do Tesouro, que localizou a fonte Itaipu como sendo uma boa solução”, afirmou Edison Lobão, ministro de Minas e Energia.
O desconto na conta de luz também foi maior do que o governo havia anunciado. Agora, é de no mínimo, 18% para residências e de até 32% para a indústria.
A medida foi antecipada e começou a valer nesta quinta. Mas, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, o consumidor só terá a redução integral a partir do dia 25 de fevereiro. As contas de luz que chegarem antes vão trazer uma média do valor antigo – mais caro – e do novo – mais barato.
O economista do Ipea Mansueto Almeida afirma que a medida traz benefícios, mas tem um custo elevado.
“É positiva porque reduz o custo da energia para as empresas no Brasil e para os consumidores. O ponto negativo é o custo para o governo federal de R$ 8 bilhões, que é um custo alto”, disse Mansueto Almeida
Para o governo, a redução além de beneficiar os consumidores residenciais, também vai ajudar a indústria.
“A partir do momento que você começa a trabalhar um processo de redução e que vem a ter um efeito macroeconômico no país muito maior, significa você baixar o preço da energia e isso pra você atrair competitividade, você colocar a empresas brasileiras num patamar de competitividade”, ressaltou Márcio Zimmerman, secretário executivo do Ministério de Minas e Energia.