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Cidades

Com fios e esperança: Artesã Sueli Borges transforma vidas com oficinas de macramê em Iporá

Sueli é uma servidora aposentada do município e tem usado seu talento para incentivar novas mulheres a descobrirem seu amor pela arte

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No entrelaçar dos fios, nascem não apenas peças de macramê, mas também novas histórias, sonhos e oportunidades. É assim que a artesã Sueli Borges tem mudado a vida de mulheres carentes e quilombolas de Iporá, por meio de oficinas de artesanato que vão muito além do aprendizado técnico. Elas resgatam autoestima, despertam talentos e criam caminhos para a independência financeira.

As oficinas, que fazem parte de projetos viabilizados pelos editais da Lei Aldir Blanc e da Lei Paulo Gustavo, oferecem às participantes não apenas um novo ofício, mas também a chance de enxergarem em si mesmas o potencial de serem artistas e empreendedoras.

Transformação além do artesanato
Para muitas mulheres que chegam às oficinas, o macramê é um mundo desconhecido. Algumas nunca tiveram contato com o artesanato, outras enfrentam dificuldades financeiras e veem ali uma possibilidade de garantir o sustento de suas famílias. Mas, com o apoio e incentivo de Sueli, os primeiros nós rapidamente se tornam laços de empoderamento.

“Eu sempre digo que cada fio que elas tecem é um pedaço da própria história que estão reconstruindo. Muitas chegam inseguras, achando que não vão conseguir. Mas, quando veem suas peças prontas, os olhos brilham e vem a certeza: elas podem muito mais do que imaginam”, conta Sueli emocionada.

Nas aulas, as participantes aprendem a transformar linhas em peças únicas, como painéis decorativos, bolsas, chaveiros e acessórios. Além disso, Sueli incentiva cada uma delas a desenvolver um estilo próprio e acreditar no valor de seu trabalho.

Uma nova fonte de renda e reconhecimento
As oficinas também têm um impacto direto na economia dessas mulheres. Muitas começam a vender suas criações em feiras e redes sociais, conquistando autonomia financeira e contribuindo para o sustento de suas famílias.
“Antes, eu achava que arte não era pra mim. Agora, vendo minhas peças prontas, sei que sou capaz. Quero seguir nesse caminho e mostrar minha arte”, conta das alunas do projeto.

Além da renda, as oficinas criam um espaço de acolhimento e troca. Entre um nó e outro, histórias são compartilhadas, amizades surgem e uma rede de apoio se fortalece. Para muitas participantes, esse ambiente se torna um refúgio e uma oportunidade de recomeço.

O futuro das oficinas
Com os frutos colhidos até agora, Sueli Borges sonha em expandir o projeto e alcançar ainda mais mulheres. Ela destaca a importância dos editais de fomento à cultura, como a Lei Aldir Blanc e a Lei Paulo Gustavo, que tornam iniciativas como essa possíveis.

“A arte transforma. Se tivermos mais apoio, podemos alcançar ainda mais pessoas e fazer desse projeto algo ainda maior”, afirma.

Enquanto os fios continuam a ser tecidos, as histórias de cada uma dessas mulheres também seguem sendo entrelaçadas com mais força e esperança. Em Iporá, o macramê se tornou mais do que um artesanato, virou uma ferramenta de transformação social, costurada com amor, coragem e a certeza de que toda mulher pode se redescobrir artista de sua própria vida.

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