Cidades
Câmara e vereadores da base de Maysa Cunha evitam comentários sobre óbitos e casos de dengue em Iporá

A Câmara Municipal de Iporá e os vereadores da base da prefeita Maysa Cunha mantêm silêncio diante do avanço alarmante da dengue no município. Apesar do crescimento expressivo de casos e das mortes suspeitas pela doença, os parlamentares ainda não se pronunciaram publicamente sobre a necessidade de maior transparência na divulgação dos boletins epidemiológicos.
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A postura da Câmara segue a linha adotada pela gestão municipal, que tem evitado divulgar informações detalhadas sobre a situação da dengue em Iporá. Até o momento, a Prefeitura não tem atualizado regularmente os números de casos confirmados, internações, óbitos e ações de combate ao Aedes aegypti, deixando a população sem acesso a dados precisos sobre a gravidade da epidemia.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, nos primeiros 60 dias de 2025, Iporá registrou 1.265 casos de dengue, liderando o ranking da doença no oeste goiano. Esse número ultrapassa o de municípios vizinhos, como São Luís de Montes Belos (214 casos), Piranhas (92), Caiapônia (75) e Jussara (44). Além disso, quatro mortes suspeitas estão sob investigação, sendo duas já noticiadas com exclusividade pelo Diário do Interior. A ausência de um posicionamento oficial dos vereadores levanta dúvidas sobre o compromisso do Legislativo em fiscalizar as ações do Executivo.
Mesmo diante da piora do cenário, vereadores da base governista evitam cobrar publicamente medidas mais efetivas da Prefeitura. O silêncio tem gerado indignação, principalmente entre familiares das vítimas, que, além da dor da perda, enfrentam o silêncio do poder público. Muitos denunciam que os casos não são sequer mencionados pela gestão, e as mortes, em algumas situações, são minimizadas para preservar a imagem da administração de Maysa Cunha.
Diante da falta de transparência e da escalada da dengue, cresce a cobrança popular para que a Câmara Municipal adote uma postura mais ativa na fiscalização e no debate sobre o enfrentamento da doença. Enquanto a dengue continua a se espalhar e a fazer vítimas, a população sofre com os impactos da crise sanitária, e a omissão dos parlamentares evidencia a falta de prioridade dada ao tema pelo poder público municipal.

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