Artigos e opinião
Brasil: “país sem futuro”

No que depender dos gestores públicos desse Brasil, nós não teremos futuro do qual iremos nos orgulhar. Ora, no país em que vivemos, tem faltado compromisso com o futuro da nação. O governo não sabe diferenciar o interesse público do privado. Atende primeiramente aos interesses individuais e quando lhe convém, distribui migalhas para a coletividade.
Falta-lhe capacidade gerencial e compreensão do que é governar para atender essencialmente a coletividade, o sentimento reinante é individualista, ou seja, enxerga a coletividade a partir dos interesses de uma minoria dominante. Se as demandas dessa são atendidas, logo não há porque se preocupar com as problemáticas que afligem o cotidiano do cidadão comum. Aos gestores tem faltado o objetivo essencial, que é trabalhar em prol do coletivo.
Gastam o dinheiro público de forma irracional como se seu fosse. Constroem obras faraônicas e de péssima qualidade, superfaturadas e que pouco beneficiam os cidadãos em sua maior parcela. Os investimentos na educação não são pensados para mudar a vida dos compatriotas. São na prática presentes de gregos para troianos. Se investir em educação é pensar o
futuro da nação, logo, o Brasil atualmente governado por uma petista, não terá futuro.
O dinheiro público é mal gasto. Falta planejamento e muito tem se gastado com coisas supérfluas, enquanto que as essenciais têm ficado em segundo plano. Diante das celeumas que afligem a sociedade brasileira, o governo deslumbrado com as arrecadações recordes de suas receitas, e pelo fato do país figurar entre as economias mais robustas do planeta, gasta muito e colhe resultados exíguos.
Falta rumo e objetividade. Nossos gestores não mostram eficiência em quase nada. Basta que observemos os problemas referentes aos serviços de saúde pública, educação, moradia, saneamento, malha viária, meio ambiente, só para citar alguns. Sem falar dos fortes indícios de corrupção presentes em praticamente todas as gestões públicas nos diferenciados níveis, seja municipal, estadual ou federal.
Com essa constatação de ineficiência nada nos adianta ser a sexta economia do planeta, se temos na contramão um dos piores sistemas educacionais do mundo, um IDH que não é satisfatório e bolsões de miséria em tudo quanto é canto desse país. Nossa grandeza econômica contradiz com a nossa condição de sociedade que convive e aceita como sendo naturais as desigualdades sociais e de oportunidades em nosso cotidiano.
O futuro não tem sido planejado e há muito que se deixou de buscar a excelência. Esta tem sido substituída por promessas demagógicas de desenvolvimento, projetos que não vingaram em lugar algum do planeta, mesmo assim, nossos gestores adeptos de vans filosofias socialistas, tentam implantar aqui em solo tupiniquim.
Quando olhamos para os países que se desenvolveram nos últimos 40 anos, todos investiram pesado em educação, aqui isso não acontece. As escolas estaduais adotam um modelo de escola ciclada, que tem endossado o fracasso educacional de uma geração, pois foi tirada a autonomia do professor, e este já não pode mais avaliar seu educando com rigidez. Triste realidade!
O Brasil, país localizado literalmente abaixo da linha do Equador, fazendo jus ao título de periferia sul-americana, tenta reinventar a roda, apostando que galgará o posto de nação de primeiro mundo investindo em futebol e outras coisas mais, que não são relevantes em longo prazo para beneficiar a coletividade.
Sobre as obras para o mundial de futebol de 2014 é evidente que ficará algum legado. Porém o preço que o cidadão está pagando é desproporcional aos benefícios.
Há uma efervescência desproporcional ao que de fato ficará como benefício aos indivíduos, tornando o seu dia-a-dia mais confortável. No diapasão da FIFA, as autoridades justificam os gastos exorbitantes dizendo que a mobilidade urbana será o grande legado. É vergonhoso isso, pois só estão fazendo a tal mobilidade em virtude da copa. Isso quer dizer, que sem o referido evento nada ocorreria?
É vergonhoso ver o país se curvar diante das exigências da FIFA. Hoje essa instituição no que tange ao Brasil, fala mais alto do que o Poder Executivo, Legislativo e Judiciário juntos. Infelizmente o cidadão comum, por possuir pouca leitura, talvez não consiga ver maldade alguma nessa relação promiscua entre essa retrocitada instituição e o governo. A ignorância é o preço que se paga por não ter recebido uma educação crítica e de qualidade. O que tem restado ao povo é ser massa de manobra facilmente manipulável.
Acidez a parte, mas verdades inconvenientes precisam ser ditas: di-las-ei quantas vezes achar conveniente e oportuno. Não se pode assistir com conivência ao “roubar das esperanças” de uma Nação. Não dá mais para engolir explicações do tipo “eu não sabia de nada”. A realidade nos cobra um pouco mais de razão. Emoção é para peças de teatros e jogo de futebol. Precisamos de um pouco mais de lucidez… Chega de ilusão! Enfim que Deus tenha piedade de nós brasileiros, porque o governo não está nem aí.
(*) Joel Mesquita é Cientista Social.

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