Política
Base liderada por Marconi completará 16 anos de poder, mesmo período do PMDB
A corrida ainda está no começo, mas o cenário deixa poucas esperanças de que haverá renovação no Palácio das Esmeraldas após as eleições de 2014. Mesmo com desgastes naturais trazidos pela longevidade no poder, o governador Marconi Perillo (PSDB) e o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB) ainda são os nomes mais fortes na base aliada e na oposição, respectivamente. A terceira via, ainda que em processo de crescimento, terá dificuldades de apresentar novidades e se mostrar como algo diferente dos outros dois grupos.
Cientistas políticos ouvidos pela Tribuna listam motivos para a dificuldade de renovação no Estado. Segundo eles, o modelo histórico de polarização é uma característica e, mais do que isso, ainda não se esgotou. “Pelo modo como se apresenta, a eleição em Goiás é uma competição fechada entre dois partidos. Não há multipartidarismo, não há diversidade econômica ou social para estimular uma mudança mais profunda”, define a cientista política da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Maria do Socorro Braga.
“A política em Goiás é baseada em estruturas conservadoras, fruto ainda do coronelismo e de uma visão tradicional. A capacidade de mudança é mínima, pois a própria população tem uma visão clientelista”, explica o cientista política e professor aposentado da Universidade Federal de Goiás (UFG), Itami Campos.
Desde 1982, ano em que foi realizada a primeira eleição direta após a ditadura militar, Goiás só conheceu governadores de três partidos. Até 1998, o PMDB, liderado por Iris Rezende, reinou soberano no Estado. Naquele ano, porém, os peemedebistas viram a união da oposição em torno de Marconi, que venceu o ex-prefeito de Goiânia, dando início ao reinado do PSDB. Em 2006, Alcides Rodrigues, do PP, acabou eleito, mas apoiado pelo tucano, de quem era vice.
Tribuna do Planalto