Audiência pública lota Câmara dos vereadores

Preocupação com os acidentes, sensibilização da comunidade para a necessidade de adequação a lei, inquietação quanto ao tráfego dos ciclomotores e direção perigosa, este foi o tom da discussão entre diversos segmentos da sociedade civil e o Tenente Coronel Frazão na noite desta terça-feira (30), no recinto da Câmara dos Vereadores.

A plenária ficou repleta de pessoas, e assim como o público, os questionamentos e as discussões eram demasiados para as poucas horas de audiência pública, que se estendeu por cerca de 3 horas. Foi possível escutar e ouvir da boca do povo o que este achava das mudanças e das propostas de melhoria do trânsito pelo Coronel Frazão. Houve consensos, mas também polêmicas.
Em suas primeiras palavras, disse o comandante: “Minha preocupação é com a vida”, e ainda, “O que é pertinente a lei federal será cumprida não importando ser necessário multar todos aqueles que estão irregulares. Mas é claro que isso não é o meu desejo, por isso estou aqui para orientar”, afirmou.
Uma das maiores dúvidas postas pela população, foi quanto a fiscalização das Traxx.  Margareth, indignada reclamou qual é a lei municipal que diz respeito aos veículos, e se afinal as Traxx são permitidas ou não. O fato da mesa de autoridades ter tomado muito espaço de tempo durante suas retóricas, tambem foi alvo de atenção pela iporaense, “Estou me sentindo injustiçada”.
Em resposta, o Coronel retratou o teor do Art. 129 do CTB,  qual seja: “O registro e o licenciamento dos veículos de propulsão humana, dos ciclomotores e dos veículos de tração animal obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação municipal do domicilio ou residência de seus proprietários”. Assim, os ciclomotores poderiam circular normalmente. Contudo, após esta é necessário o registro, que é competência do município e o licenciamento que é do DETRAN.
A autuação da Lei pelo poder executivo e mudanças na própria legislação pelo CONATRAN já foram solicitadas.
Um dos pontos altos da reunião foi quando o coronel informou que não pretende abandonar seu posto tão cedo, a não ser que o novo governo no dia 5 de Janeiro reclame o cargo, “Para me tirar, só se eu fizer atos que contrariem a corporação e a Polícia. Caso contrário, um mandando de segurança é uma opção para me preservar”, apontou.
Imagens com acidentes e dados informando a quantidade destes em Iporá também foram repassados aos presentes com o intuito de sensibilizar, “Não podemos ficar inertes e coniventes com tais situações”, finalizou o Comandante Frazão. Entre as decisões finais, ficou definido a criação de uma Comissão para discutir ações no trânsito de Iporá e debater as propostas apresentadas na reunião de ontem.

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