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Cidades

Após mortes e pressão da sociedade, prefeitura de Iporá divulga primeiro boletim sobre a dengue

Não constam na publicação os óbitos, internações e casos graves da doença. A divulgação do boletim ocorre após grande pressão da sociedade por informações sobre a doença

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Maysa Cunha, Prefeitura de Iporá e Léo Contador, vice.

Após a divulgação, pelo Diário do Interior, das duas mortes ocorridas na última semana em decorrência da dengue, cobranças da população e pressão de setores da sociedade, a Prefeitura de Iporá divulgou nesta quinta-feira (7) o primeiro boletim epidemiológico de 2025 sobre a doença no município. A publicação ocorre depois de semanas de cobranças pela divulgação dos dados e em meio ao crescente número de casos e óbitos suspeitos da doença na cidade.

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Segundo o documento divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, Iporá registrou 1.236 casos de dengue entre janeiro e fevereiro, sendo o município líder de ocorrências da doença no oeste goiano. O boletim também detalha a quantidade de pacientes diagnosticados com sintomas em fevereiro: 133 na primeira semana, 115 na segunda, 100 na terceira e 55 na quarta. Apesar da redução progressiva dos números, o quadro segue alarmante diante do histórico recente da doença na região.

Não constam na publicação os óbitos, internações e casos graves da doença. A divulgação do boletim ocorre após a Secretaria Estadual de Saúde abrir investigação sobre duas mortes suspeitas por dengue no município e reforçar as ações de combate ao Aedes aegypti. Recentemente, outras duas vítimas faleceram em decorrência de dengue hemorrágica: uma idosa de 70 anos, que morreu na UPA de Iporá, e um policial militar da reserva, de 74 anos, que foi transferido de Iporá e faleceu em Goiânia. A falta de informações oficiais levou a cobranças crescentes por maior transparência na gestão da crise.

Boletim divulgado pela prefeitura de Iporá no instagram, hoje, 07 de março.

A demora da Prefeitura em divulgar os dados também foi alvo de críticas por parte da população e da imprensa local. Até então, a administração municipal vinha evitando tornar públicos os números de casos confirmados, internações, óbitos e as medidas adotadas para conter o avanço da doença. A Câmara Municipal e os vereadores da base da prefeita Maysa Cunha também vinham sendo criticados por não se posicionarem sobre a gravidade da situação.

Com a divulgação do primeiro boletim, a expectativa é que a Prefeitura passe a publicar os dados de forma periódica, garantindo maior transparência e permitindo que a população acompanhe a evolução da dengue no município. Enquanto isso, a doença segue fazendo vítimas, e a cobrança por ações efetivas no combate ao mosquito transmissor continua.

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