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Brasil e Mundo

Após 17 Anos, sorotipo 3 da dengue volta a circular e aumenta o risco de epidemia

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O sorotipo 3 do vírus da dengue (DENV-3) voltou a circular de forma significativa no Brasil, após um período de 17 anos sem predominância. Esse ressurgimento tem gerado preocupação entre as autoridades de saúde, pois grande parte da população não possui imunidade contra esse sorotipo, aumentando a suscetibilidade à doença.

Nas últimas semanas de dezembro de 2024, houve um aumento nos casos positivos de dengue atribuídos ao DENV-3, especialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná. Essa mudança no perfil epidemiológico é significativa, considerando que, ao longo de 2024, o sorotipo predominante foi o DENV-1, presente em 73,4% das amostras positivas.

A reintrodução do DENV-3 é preocupante porque a ausência prolongada desse sorotipo no país significa que muitas pessoas não foram expostas anteriormente, não desenvolvendo imunidade específica. Essa falta de imunidade pode resultar em um aumento nos casos de dengue e potencialmente em formas mais graves da doença.

Além disso, as condições climáticas atuais com altas temperaturas e períodos de seca, favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. A prática de armazenar água de forma inadequada durante a seca também contribui para a criação de criadouros do mosquito, exacerbando o risco de surtos.

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde reforça a importância de medidas preventivas, como a eliminação de focos do mosquito, e a necessidade de monitoramento constante da circulação dos diferentes sorotipos do vírus da dengue para conter a propagação da doença.

A dengue é causada por quatro sorotipos distintos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), todos transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. Cada sorotipo possui características específicas, mas todos podem causar sintomas semelhantes, desde manifestações leves até formas graves da doença, como dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue.

Compreender as diferenças entre esses sorotipos e os tratamentos disponíveis é crucial para lidar com essa doença de impacto global. “Quanto aos sintomas e gravidade da doença não há muita diferenciação entre eles, todos os sorotipos podem evoluir com quadros graves.” , aponta Cristina Laval.

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