Cultura
Apaixonados por pássaros reorganizam grupo
Há alguns anos foi fundando em Iporá uma entidade com o objetivo de reunir todos os apaixonados por pássaros sua criação, era o SORIPO, Sociedade Ornitológica de Iporá, adormecida pelo tempo, mas não esquecida. O grupo voltou com força total nesta temporada.
A Diretoria é formada pelo presidente Alexandre Barbosa, tendo como vice Valdeci Lima, tesoureiro Geraldo Ribeiro, e Secretário Lucimar Barbosa, e a organização é legalizada pelo IBAMA. Está vltada para a criação de bicudos, curiós e pássaros silvestres de um modo geral como um hobbie. Ao todo são 30 membros e está aberta para demais criadores que tenham interesse. Audaciosa, a diretoria comenta que no ano de 2011 pretende sediar aqui em Iporá uma etapa do circuito Nacional e Regional (Brasil Central 2010).
A SORIPO esclarece que para iniciar uma criação de pássaros silvestres, é necessário decidir o objetivo da criação. Se for criar com fins comerciais (venda de filhotes), deve seguir a Portaria 118/97. Se o fim for a conservação de espécies apreendidas, deve tornar-se um criador conservacionista, conforme Portaria 139/93. Mas, se a finalidade for a criação amadorista para participação em torneios de canto e a transferência de pássaros entre criadores, você deve se registrar como um criador amadorista, conforme IN 01/03.
Alexandre Barbosa conta que os pássaros são de alta genética, criados em cativeiros com matrizes compradas de criatórios legalizados, “os pássaros são condicionados para cantarem e podem viver 4 vezes mais nos cativeiros do que na Natureza. Isso demonstra o quanto as aves são bem cuidados”, diz ele.
O pássaro Opera, um curió, é o destaque da SORIPO, tendo já conquistado alguns troféus em Goiás, e é campeão da temporada 2010 no circuito Nacional e Regional. A ave que é de propriedade de Alexandre Barbosa, ganhou na modalidade canto livre e volume do canto. Tantos prêmios assim, exigem um investimento alto, levando-se em conta que o grupo não almeja lucros. Só na última temporada foram gastos cerca de R$4.000,00 com o intuito de cumprir as etapas espalhadas em 8 cidades, “são exigidos: o GTA (guia de transporte da ave), alimentação, hospedagem e outros”, comenta Geraldo Ribeiro.
Alem da criação ser um hobbie, o grupo desempenha o importante papel de fiscalizar os crimes ambientais, tais como a captura de aves ou qualquer animal silvestre na natureza para mantê-los como animais de estimação, o que é ilegal, conforme Lei de Crimes Ambientais n.º 9.605/98. O IBAMA não regulariza essas situações. A multa pode variar por pássaro de R$ 500,00, ou R$ 5.000,00 se o mesmo for de espécie ameaçada de extinção e constante na lista da CITES. A entrega voluntária não implica em penalidades.
Existem duas opções para adquirir pássaros legalmente: adquirí-los de criadores comerciais, ou de criadores amadoristas em situação regular junto ao IBAMA. No site do IBAMA (www.ibama.gov.br/fauna)m está disponível a relação de criadores comerciais registrados.
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