Política
Acampamento na GO-060 já conta com 140 famílias
Quem pega a GO-060 com destino a Goiânia, já dever ter notado próximo ao km 10, logo depois da ponte do Córrego Canoa, um acampamento que só tem aumentado desde os três últimos meses em que foi instalado no local.
As margens da rodovia, e sujeito a riscos, as 140 famílias acampadas são do MST e estão no local com vistas a conquistar pelo INCRA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) propriedades que segundo a vice- presidente Paula Cristina, estão desapropriadas nos municípios de Montes Claros e Caiapônia.Essa reportagem esteve no local e conversou com os trabalhadores rurais que de pronto já informaram que não estão ali para invadir propriedades ou mesmo agredir pessoas em hipótese alguma.
Visivelmente organizados com barracas cobertas por folha de buriti e lonas. A representante da classe Paula, mostrou o local e afirmou que a cada dia mais pessoas chegam. Não existem critérios para a entrada de pessoas no local, mas regras são cobradas tais como: a proibição de bebidas alcoólicas, barracas montadas obrigatoriamente a pelo menos 20 metros da rodovia por determinação da AGETOP e roupas modestas.
O acampamento que começou com 15 pessoas ainda se encontra irregular, sem o recebimento de assistências, sem instrução sobre as exigências para se conseguir uma terra pelo o INCRA, não possuem tambem nenhum convênio ou ligação com qualquer entidade, nem mesmo o INCRA tem conhecimento dos ocupantes. A maioria destes são de Iporá e Israelândia e tão logo que cheguem para se hospedar já estão sendo cadastrados.
“Apesar do INCRA não ter nos procurando, nos não arredaremos o pé daqui enquanto não conseguirmos um pedaçinho de chão com dignidade”, disse Celma Ferreira uma das primeiras a chegarem à área com 5 membros da família e com uma vasta experiência em atividades como essa, como relatado.
A vice-presidente informou que estaria procurando se legalizar, “a maior dificuldade é fazer tudo de acordo com a lei, pois temos pouca instrução”, confessou informando que estará entrando em contato com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
O Presidente do Sindicato, Edson Messias, até o momento alegou não ter conhecimento dos acampantes e explicou que se comprovado serem trabalhadores não recusará a filiação.
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