A quase dois anos concluída, Clinica de Hemodiálise continua fechada

Ontem dia 11 de julho, completou um ano de vencimento do prazo que segundo o presidente da Saneago Nicomedes Domingos, seria necessário para realizar a ligação do NEFROCENTER a rede de esgoto. Assim podendo inaugurar e iniciar os atendimentos da clinica.
Mesmo com cerca de 20 pacientes renais crônicos saindo de Iporá com destino a Goiânia três vezes por semana, o NEFROCENTER parece não ter data para o inicio de seus atendimentos. Os pacientes são obrigados a enfrentar os mais diversos transtornos e sofrimentos durante essa viagem a capital que já causou a morte de muitos pacientes, que passam cerca de 6 horas dentro de uma van em uma viagem desgastante, sendo que aqui em Iporá há uma clinica com equipamentos de última geração e uma estrutura considerada entre as melhores do estado, porém de portas fechadas.
Quando o ex-governador Alcides Rodrigues, veio a Iporá para a inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no dia 11 de junho de 2010, o mesmo firmou diversos compromissos com a nossa região, e um deles foi a inauguração da Clinica de Hemodiálise de Iporá que já estava pronta a cerca de oito meses, porém de portas fechadas devido a falta da rede de esgoto para iniciar o seu funcionamento.
Em uma forma de demonstrar “serviço” o presidente da Saneago Nicomedes Domingos, ao ser questionado sobre a obra, afirmou que em 30 dias a clinica estaria devidamente ligada a rede de esgoto e em pleno funcionamento. Porém passado os 30 dias ainda não havia nem sinal de quando seria iniciado o serviço de ligação.
E Hoje um ano após a promessa, vergonhosamente a clinica continua fechada, talvez os nossos lideres políticos não consigam compreender o que é necessitar de um tratamento médico e ter de andar todos os dias cerca de 600 km para conseguir esse tratamento, sendo que há uma clinica pronta para ser utilizada a 10 minutos da residência dos pacientes.
E vale lembrar que o comprimento total da ligação é de 200 metros, incríveis 200 metros, que para algumas pessoas se transformaram em quase 600 km. Além que esse percurso que é percorrido por pessoas que necessitam de cuidados, já que possuem a saúde um tanto quanto frágil, e não possuem condições financeiras para mudar para a capital, recurso que para muitos renais crônicos tem sido a melhor alternativa para tentar diminuir o sofrimento das viagens.
Se antes era o período chuvoso, depois a mudança no projeto e depois uma luta na justiça com o dono da propriedade onde a rede irá passar. Agora qual será a próxima justificativa para tamanho descaso com a população de Iporá?