Artigos e opinião
A geografia de Ratzel como sinônimo de poder
Segundo Moraes (1995), em seu Livro “Geografia Pequena Historia Critica”, retrata o surgimento da Geografia de cunho determinista na Alemanha. No século XIX, a confederação germânica, vivia uma disputa de duas idéias revolucionária, o império austríaco e o reino da Prússia, disputavam a hegemonia dentro da confederação. Neste sentido, uma guerra civil se desencadeou em prol do território. A Prússia saiu vencedora, dando início à unificação do Estado dando origem à confederação germânica que era dividida em dois Estados, o do Norte que era mais militar e do sul que era democrático. Segundo Moraes (1995), para unificar o território da confederação germânica, tornou-se necessário conhecer e tomar posse de todo o território promovendo fortemente uma valorização da Geografia. Esse mesmo momento marca o inicio do capitalismo e dos avanços da industrialização, na Alemanha. Por ficar de fora da partilha dos territórios (processo de colonização), devido a sua unificação tardia, o novo objetivo da Alemanha se baseava na disputa por territórios. Nessa nova ótica a geografia de Ratzel legitimava o expansionismo alemão. O conceito de “Espaço Vital” elaborado por Ratzel ajudou a Alemanha a compreender o espaço e desenvolver o seu poder de dominação. Ratzel defende a ideia de que a sociedade precisa de espaço para se desenvolver, conforme as ideias ratzelianas. A perda de território seria a decadência da sociedade. Assim a Alemanha encontrou na geografia de Ratzel o apoio, de que precisa para legitimar suas ideias de conquista de novas terras e dando base para exercer o seu poder de dominação.
DUTRA, Romilda Divina da Costa¹
UEG-UnU Iporá Graduando em Geografia
SOUZA, Guilherme Gonçalves²
UEG-UnU Iporá Graduando em Geografia
ALVES, Washington Silva³
UFG – Jataí Mestrando em Geografia, UEG-UnU Iporá Orientador